Palas

Palas é o asteróide 2, da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter. Foi decoberto em 1802, quando passava perto de Ceres, asteróide 1. Pensa-se que Ceres e Palas são os únicos corpos de forma esférica desta cintura.

Na mitologia, Palas é Atena, a deusa romana Minerva, uma dos 12 deuses olímpicos. Ficou conhecida como a protectora da cidade de Atenas, e tinha o mesmo carácter bélico que Marte, mas em versão feminina: protegeu vários heróis e figuras míticas.

Antes de Deusa do Panteão Grego, do período Clássico, Palas era venerada como A Deusa, e não apenas como uma das Deusas. O vestígio escrito mais antigo encontrado relativo a Palas, foi em Cnossos, na ilha de Creta, a maior ilha do Mar Egeu. Knossos é um importante lugar arqueológico da Idade do Bronze, mas que remonta ao Neolítico (altura de 7000 aC). Os vestígios arqueológicos da Idade do Bronze foram deixados pela civilização Minóica (existente até 1500 aC), que foi assimilada pela civilização Micénica.

A civilização Minóica foi redescoberta apenas no início do século XX. Tinham um culto matriarcal e os seus santuários eram em grutas, fontes, cavernas, elevações. Inventaram um sistema de escrita de hieroglifos, inspirado provavelmente na escrita Egípcia. Esta escrita evoluiu para a Linear A e depois para a Linear B. A Linear B foi incorporada pelos Micénicos para escrever a sua forma arcaica do Grego. Os Minóicos produziam excedentes agrícolas e artesanato de forma a trocar estes produtos por metais, que não haviam na ilha. Era uma civilização auto-sustentável e o ponto de troca comercial e cultural entre África, Ásia e a Europa. A história de Creta e dos povos que nela habitaram está estreitamente relacionada com os vários terramotos  e erupções vulcânicas que a ilha foi sofrendo ao longo do tempo. Há quem defenda que o mito da civilização da Atlântida se prende com a os relatos memória da destruição da ilha de Creta.

As mulheres eram caçadoras, sacerdotisas, pugilistas, toureiras... A Deusa Mãe, em Creta, era sobretudo protectora das cidades, das famílias e das colheitas. Entre os símbolos sagrados de Creta, temos o Touro, a Serpente, os nós, o Sol e a Árvore. A civilização que mais absorveu a cultura Minóica foi a Grega.

A Palas Atena Grega tinha uma grande quantidade de atributos. Era guerreira, estratega e inteligente, mas também era a deusa da civilização, da justiça, das artes e da habilidade. Não tinha qualquer inclinação romântica ou amorosa. Atena tem tanta bravura e coragem quanto Marte, por exemplo, mas supera-o no sentido em que promove a coesão social, através da cultura, das artes e da estratégia consegue criar aquilo a que chamamos de civilização e mantê-la estável, integrada e organizada.

Palas, no mapa, simboliza a nossa vontade e necessidade de construção e estrutura para um bom funcionamento da função da criatividade e da aprendizagem, de forma a poder adquirir sabedoria. É em Pallas que procuramos bom-senso e justiça, equidade, harmonia, ainda que para isso sejamos forçados a batalhar e a derrubar aquilo que não permite estes mesmos valores.

Pallas poderia ser regente de Balança, como protectora da justiça e da equidade social, e como promotora do bem-estar colectivo, das artes e talentos criativos individuais e colectivos e como guardiã da paz.